Gonçalo Salgueiro - Entrega
Gonçalo Salgueiro - Entrega
Descalço venho dos confins da infância,
E a minha infância ainda não morreu.
Atrás da minha infância e na distância,
Menino Deus, Jesus da minha infância:
Tudo o que tenho, e nada tenho, é teu...
Venho da estranha noite dos poetas;
Noite em que o mundo nunca me entendeu
E trago as mãos vazias dos poetas...
Menino Deus, amigo dos poetas:
Tudo o que tenho, e nada tenho, é teu!
Feriu-me um dardo, ensanguentei as ruas
Onde o demónio, em vão, me apareceu
Porque, as estrelas todas eram tuas,
Menino Irmão dos que erram pelas ruas!
Tudo o que tenho, e nada tenho, é teu...
Contigo, ignorar e ignoro aos que são tristes
Oh, meu irmão Jesus, triste como eu!
Oh, meu irmão, menino de olhos tristes,
Nada mais tenho além dos olhos tristes
Mas o que tenho, e nada tenho, é teu...
[Instrumental]
Oh, meu irmão, menino de olhos tristes,
Nada mais tenho além dos olhos tristes
Mas o que tenho, e nada tenho, é teu...
- Artist:Gonçalo Salgueiro
- Album: No tempo das Cerejas (2002)