Origens

Songs   2024-12-27 17:15:37

Origens

Tássia Reis

Filha de Myriam e Manchão

Um Salve Sussu e Renan

Chegou a Melissa, já temos Ruan

E a Carla na contenção, ó

Minha disciplina eu aprendi no CKP

Sem arrumar problema, mas pronta pra resolver

Desde pequena energia plena e mente serena

Cês deveriam prever

Com um metro e oitenta e não parando de crescer

Sabe quem orienta pelas ruas? Laroyê

Quem não sabe inventa, não toma tento, nem tenta

Eu sou do fogo que venta que te queima e cê nem vê

Eparrey, me firmei

Desde o luz do amanhã

Tamborim, me criei

Faço jus aos balangandãs

Ainda nem tinha fãs

Já amava tantãs, fiz irmãs

Nas roda de dança, terror nas andanças

Fizemos a mudança e canção, é

Quem treina não cansa, quem sabe é missão

Com a benção de Iansã

Vamo girar o mundão!

Drik Barbosa

Nas bike sem freio me equilibrei e das armadilha e eu me livrei

Criança de vila, nasci das batida, tem que ter swing, eu suinguei

Meu pai baterista, baiano, axé

Sou pérola negra, Olodum maré

Mãe nascida em Recife, porreta, afiada tipo peixeira, então bota fé

Nordeste me trouxe, minhas rima é arrocha, arrocha

Crescida em Sampa, me viro a pampa

Forte igual rocha, rocha

Com samba no pé, destino nas mãos

Eu sou violão e as percussão

Eu sou batidão, Claudinho e Bochecha

Ndee Naldinho, vixe, muita treta

Os black total, sou black total

Os passo de baile e os carnaval

Realidade dura que nem rapadura

Valor da minha vida não vem nas fatura

Família é força, eu me arrisco

Por amor eu risco, ponho amor nos disco

No sangue o som, na minha cor o tom

Eu tô pelos palco e tô na função

Vim dos 90, tô rumo aos 30

Minha mãe nos 40 tá mais foda ainda

Sou papo reto, brasileira, digo

Rap é mais que ofício, pacto sanguíneo

Tatiana Bispo

Ela é

Neta de nordestino

E na história dela tem uma mistura de preto com índio

Infância humilde,

mas fizeram um corre

Meus avós honraram

Nosso sobrenome

Santos

Assim como tantos a trabalhar vieram de lá, entre suas mãos

linhas e agulhas, panela, colher, cimento, rastelo, martelo e pá

Corações doíam, falta da sua terra

Eles só queriam casa pra morar

Nunca vi na vida faltarem com a fé,

foram dois guerreiros a me ensinar

Se eu tô aqui (é por eles é)

Tenho que ser forte (é por eles é)

São os meus amores, minha bênção

Eu daqui não quero decepcionar

Essa é minha jura, minha oração

Salve os meus Eurides e Abdon

Karol de Souza

Nóiz vem tipo os milk shake, mistura deliciosa

Tesão pique sextape, esses flow você não decora

Eu cheguei nesse continente (Terra Brasilis), fodeu agora

Sou Portugal, Itália e provavelmente Angola

Sim, eu sou cria da Umbanda

Do Sul do Brasil outras banda

Budismo e herança africana correm no sangue da curitibana

Já me preparei pra demanda, sou daquelas preta que manda

O rap me fez corajosa, chamo as outras preta de mana

Ancestralidade que emana, nosso tamborzão bate forte

Sou índia, sou preta, sou branca

Trabalho pesado e um pouco de sorte (muita sorte)

Nam Myoho Rengue Kyo, comigo ninguém pode

Sincretismo de Buda, Zion de Souza de Oxossi!

Stefanie

Hey

Se hoje sou quem eu sou, muito amor

Gratidão família Ramos e Nabor

Almoço de domingo, Jorge Ben nos falantes

Música de preto nós todos somos amantes

Na quadra da Vila Alice ensaio da bateria

Minhas tias no porão costurando as fantasias

Meu vô Milton presidente, eu vim do berço do samba

Tá no meu DNA malandragem de vários bambas

No quintal, o Alê cortava os black power da função

Ver os preto na estica dava mó admiração

E pra minha autoafirmação foi fundamental

Rappin' Hood, Sou Negrão, me fez sentir especial

Meu irmão ligava toda aparelhagem e fazia os bailinho de garagem

No passinho era viagem

Quando vem essas imagens mostra que eu fui bem feliz

Aprendiz do ABC, sempre honrando a minha raiz

Alt Niss

Zona sul é paz no caos

Brincar na rua à noite era tão normal

Felicidade era um anime matinal

Destino veio pra alguns de forma tão cruel

Zona sul é paz no caos

Família preta tradicional

Samba-rock, melodia, coisa e tal

Sobrevivendo no inferno em estado racional

Aos oito correndo na rua de terra

O que tinha de sonho não tinha na mesa

Pouco tempo depois papel e caneta

Podia ser samba mas já tava escrito em algum lugar

Zona sul é paz no caos

Tudo que era letal

Virou dom de não querer ser igual

Criptonita um veneno visceral

Saída: Mayara Maldjian

[Instrumental inspirado na música armênia com sample de Duduk (flauta típica da região)]

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  • country:Brazil
  • Languages:Portuguese
  • Genre:Hip-Hop/Rap
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